8.3.09



Recomecei e desfiz letras apetando o delete repetido. Já não páro. Eu tenho medo, mas não páro porque quero chegar em algum lugar. No fim deste texto. Ou seria carta? O que quer que isso seja. Sei que gosto disso, apesar do medo. De não dar certo, de não ficar bom, de ser mal entendido. Mesmo assim é bonito ver as letras brotando e preenchendo o vazio.

Enquanto vou seguindo e experimentando as palavras, descubro, confundo e temo. Hesito depois do ponto final. Avanço desgovernada que uma idéia qualquer bateu e me empurrou com força. E acontece que empaco e não consigo passar para o próximo parágrafo. Talvez amanhã. Ou baste um cigarro, um minuto. Amanhã.