8.2.11

o fim, o recomeço



Tinha medo de mostrar o que escrevia. Do que iam pensar, se seria bom o suficiente.

Há cinco anos eu tomei coragem e não só criei este blog, como contei pras pessoas que ele existia. Aí que muita gente gostou, em geral foram mais elogios do que críticas. Depois fiquei soltinha, bem soltinha. E perdi o medo. E toquei o foda-se porque nem tudo que faço precisa ser incrível. Não dá. E a gente faz o que pode.

Aqui eu fiquei nua de corpo e alma. E não porque todas as histórias eram tim-tim por tim-tim verdadeiras, mas porque minha verdade sempre esteve presente. Aqui sempre fiz o que quis e sempre fui feliz. Não só quando alguém dizia gostar (obrigada), mas sempre que eu escrevia e postava um novo texto e me sentia livre.

Acontece que em cinco anos eu mudei (claro). Os motivos que me levaram a criar o Malagueta se transformaram em outros desejos. Minha ânsia de ser livre acalmou, porque hoje sou livre sempre. Precisava daqui pra ser mais eu. Agora já sou.

Deu vontade de mudar de casa e fazer tudo novo.

O Malagueta fica aqui, mas eu saio. Muita gratidão a quem visitou regularmente, ou nem tanto. A quem ficou inspirado (não importa pra quê...), a quem odiou, a quem mexeu com meu coração de algum jeito que resultou numa frase emocionada ou desavergonhada.

O Malagueta é a coisa que mais me orgulho de ter feito. Mas eu quero fazer mais. E logo convido vocês pra uma visita na casa nova.

Amor sempre.

Erica