dos sonhos
Deu um cheiro no meu pescoço. Me olhou exatamente, falou devagar. Não teve beijo, mas foi melhor. Porque você me olhava de verdade. Falávamos tão perto que dava pra sentir o perfume do seu hálito, a quentura dele. E de um jeito tão doce você falava, nem sei o quê, coisas que talvez nunca vamos falar. Conversas que provavelmente não vamos ter, além de ois e tchaus com abraços que sempre me dão a impressão de durarem mais do que realmente importam.
Também pensei ter te visto na rua. E as borboletas se agitaram mais uma vez no meu estômago. Não era você, tudo bem. Porque o sonho que tua aparição me inspira lembra que meu coração tem ainda o poder de me levar a este universo fantástico, onde perder-se de encanto é achar a si mesmo.
Você me faz sonhar. E isso agora é tão importante que basta.